O Ano da Morte de Ricardo Reis

É um livro sobre a solidão, triste, sobre uma cidade triste, sobre um tempo triste.
Em 1936, eu tinha 14 anos, mas lembro-me da tristeza que era essa cidade e, sem abusar das comparações, talvez os leitores de hoje, nesta cidade de hoje, sejam capazes de encontrar algumas outras manifestações de tristeza e solidão
José Saramago
Portugal

2018, 25ª edição; 2016 (1ª edição na Porto Editora)
Idioma
Português
A caligrafia da capa é da autoria do professor e ensaísta Carlos Reis.
«Um tempo múltiplo. Labiríntico. As histórias das sociedades humanas. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de Dezembro de 1935. Fica até Setembro de 1936. Uma personagem vinda de uma outra ficção, a da heteronímia de Fernando Pessoa. E um movimento inverso, logo a começar: “Aqui onde o mar se acaba e a terra principia”; o virar ao contrário o verso de Camões: “Onde a terra acaba e o mar começa”. Em Camões, o movimento é da terra para o mar; no livro de Saramago temos Ricardo Reis a regressar a Portugal por mar. É substituído o movimento épico da partida. Mais uma vez, a história na escrita de Saramago. E as relações entre a vida e a morte. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de Dezembro e Fernando Pessoa morreu a 30 de Novembro. Ricardo Reis visita-o ao cemitério. Um tempo complexo. O fascismo consolida-se em Portugal.»