O Caderno

Disseram-me que reservaram para mim um espaço no blogue e que devo escrever para ele, o que for, comentários, reflexões, simples opiniões sobre isto e aquilo, enfim, o que vier a talhe de foice
José Saramago
Portugal
2018 (1ª edição na Porto Editora; 3ª edição)
Idioma
Português
A caligrafia da capa é da autoria do escritor João de Melo
(em um volume com O Caderno 2 — inclui as crónicas do blogue de José Saramago de Setembro de 2008 a Novembro de 2009).
Prefácio de Umberto Eco, originalmente publicado na edição italiana de O Caderno com a chanela da Bollati Boninghieri, 2009.
“Disseram-me que reservaram para mim um espaço no blogue e que devo escrever para ele, o que for, comentários, reflexões, simples opiniões sobre isto e aquilo, enfim, o que vier a talhe de foice. Esta obra reúne o conjunto de textos diários balizados temporalmente entre setembro de 2008 e novembro de 2009. Representa as reflexões, as opiniões, as sugestões, críticas aos mais diversos assuntos e sobre as mais diversas questões. Uma obra em construção que conta com os artigos diários de Saramago publicados na página infinita da Internet.” José Saramago
“[…] Escrevo este prefácio porque sinto ter alguma experiência em comum com o amigo Saramago, que é a de escrever livros (por um lado), e por outro a de nos ocuparmos de crítica de costumes num semanário. Sendo o segundo tipo de escrita mais claro e divulgador que o outro, muita gente me tem perguntado se eu não despejaria nas pequenas peças periódicas reflexões mais amplas feitas nos livros maiores. Não, respondo eu, ensina-me a experiência (mas creio que o ensina a todos os que se encontrarem em situação análoga) que é o impulso de irritação, a dica satírica, a chicotada crítica escrita à pressa, que fornecerá a seguir o material para uma reflexão ensaística ou narrativa mais desenvolvida. É a escrita diária que inspira as obras de maior empenho, e não o contrário.” Umberto Eco