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“Império do Medo” – exposição e ciclo de conversas sobre a escravatura

Entre os dias 16 de fevereiro e 30 de março, a Fundação José Saramago acolhe a exposição Império do Medo e um ciclo de conversas que tem como temática a escravatura.

No dia 16 de fevereiro, data em que se inaugura a exposição, às 18h30, terá lugar uma conversa com o historiador Arlindo Caldeira moderada por Isabel do Carmo intitulada: “O tráfico Atlântico de escravizados entre os séculos XV e XIX”.

A 2 de março, às 18h30 , o historiador Jorge Fonseca estará à conversa com Arlindo Caldeira numa mesa cujo tema é: “Afrodescendentes em Lisboa”.

No dia 9 de março será a vez da museóloga Judite Primo falar sobre “o lugar e o papel das mulheres na resistência. Percepções afrodescentes”, numa conversa modera por Paula Cabeçadas.

A 16 março, os historiadores Fernando Rosas  e José Pacheco Pereira conversam com Isabel do Carmo sobre “Tempo presente: racismo nas organizações e na sociedade”.

E para fechar o ciclo, no dia 23 março, sob o título “Leis que libertam e leis que oprimem: as categorias contraditórias do abolicionismo”, Cristina Nogueira da Silva (historiadora do Direito) estará à conversa com Fátima Sá (historiadora , Professora ISCTE- IUE).

Sobre a exposição:

Os registos para que a memória não se apague são determinantes no restabelecimento dos factos e nas interpretações da história.
Os paradigmas que hoje vivemos, exigem reflexão, pelo que esta exposição ganha oportunidade, dando um contributo sobre factos e circunstâncias: a ESCRAVATURA e o percurso na sua abolição em Portugal e no mundo.
Mais de 150 anos passados sobre a abolição em Portugal, esta exposição invoca a escravatura, rememorando o tráfico negreiro, a sua violência e circunstâncias, mas também a luta porfiada das vítimas e de quantos se lhe opunham. Verdadeiro império do medo, a escravatura causou a deportação para as Américas de cerca de 12,5 milhões de africanos.
Na sequência da escravatura, seguiram-se anos de colonialismo, discriminação ou segregação, que deixaram um rastro de racismo estrutural nos países que foram potências escravocratas e/ou colonizadoras.
Mas não esquecemos também as novas servidões do nosso tempo e as diferentes manifestações de racismo.

Comissários: Alfredo Caldeira, Fátima Sá, Isabel do Carmo, Patrícia Alves, Paula Cabeçadas e Raquel Santos.
Curadora: Ana Maria Calçada